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27/09/2024O autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição permanente que se manifesta pela forma como uma pessoa percebe o mundo e se relaciona com ele. Aqui vão as respostas às principais perguntas que mães e pais atípicos, ou adultos dentro do espectro, se fazem diariamente:
Como é feito o diagnóstico de autismo?
Quando pais e mães buscam o diagnóstico de autismo de seus filhos, ou mesmo adultos de forma tardia, surge a dúvida: Como é feito o diagnóstico de TEA (Transtorno do Espectro Autista)?
A resposta é: de forma clínica. Através da observação desse paciente e seus comportamentos, torna-se possível seu diagnóstico, até mesmo a indicação do nível ou grau de suporte, que refletirá nas estratégias adotadas para cada caso. Ou seja: não são necessários exames complementares para que esse diagnóstico seja fechado, basta uma equipe médica e interdisciplinar capacitada e atenta aos sintomas.
Quais os principais sintomas ou características manifestados pelo autismo?
Para que o diagnóstico seja realizado de forma correta, é necessário que o profissional observe sinais e sintomas em comum nas pessoas dentro do espectro, em três grandes eixos: Comunicação, Interação Social e Estereotipias. Aqui vão alguns exemplos de como identificá-los:
– Rigidez Cognitiva: dificuldade em se adaptar a novas situações ou mudanças;
– Dificuldades em interações sociais, como: iniciar e manter diálogos, manter contato visual por longos períodos, lidar com as próprias emoções e falar a respeito;
– Falas e comportamentos estereotipados: repetição de falas e movimentos, muitas vezes como estratégia de regulação emocional.
Lembrando que nada disso, isoladamente, gera o diagnóstico, sendo essencial que este seja feito por um profissional da saúde apto.
Como saber se meu grau de autismo é leve, moderado ou grave?
Apesar das críticas atuais, essa classificação ainda é utilizada por profissionais para definir qual o grau de suporte e intervenções cada pessoa dentro do espectro necessita. Esses níveis, que vão de 1 a 3, são definidos de acordo com o nível de comprometimento social, comportamental e de comunicação que essa pessoa tenha, sendo leve os com menor dificuldade e grave os de maior.
Quais os tratamentos mais comuns? Posso obtê-los pelo plano de saúde ou SUS?
Primeiro de tudo, a resposta é: SIM! Planos de saúde e SUS têm a obrigação de dar cobertura integral aos tratamentos indicadas às pessoas autistas. As terapias mais comuns são:
– Psicoterapia;
– Fonoaudiologia;
– Psicopedagogia;
– Nutricionista;
– Terapia Ocupacional;
– Equoterapia;
– Musicoterapia;
– Arteterapia;
– Terapias pelo Método Denver;
– Terapia ABA;
– Medicamentos, quando houver comorbidades associadas ao TEA;
Entre outras.
Todas essas terapias buscam dar mais qualidade de vida às crianças e adolescentes com autismo, dando auxílio no desenvolvimento e ganho de novas habilidades. O mesmo vale para o autismo em adultos.
Quando começar a realizar as terapias?
É um consenso de que o diagnóstico e início do acompanhamento multidisciplinar deve ser feito o quanto antes, sendo muito incentivado na infância, pois a intervenção precoce tende a ser mais benéfica.
Isso não significa que apenas crianças e adolescentes sejam beneficiados com o acompanhamento multidisciplinar. Adultos também se beneficiam das intervenções, mesmo diante do diagnóstico tardio, principalmente quando houver associação com outros diagnósticos como: TOD (Transtorno Opositivo Desafiador) e TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção).
O que fazer se meus tratamentos forem limitados ou negados?
Se houver negativa das terapias ou limitações como: limitação de horas, em desrespeito ao laudo médico, imposição de clínicas distantes da residência e local de trabalho dos pais, dificultando sua continuidade, ou ainda, negativas de reembolsos, é essencial a busca por um advogado especializado que possa te ajudar a obter os tratamentos de forma integral.
Não deixe de procurar um advogado especialista para compreender e acessar seus direitos.